far out

26 de abril de 2008

de um fim, como outros

eu não faço a mínima ideia do número de livros que eu não leio, não compro, não trago da biblioteca.

eu não sonho nenhum dia com o que está para lá do sentido crítico e da noção de que efectivamente desisti.

eu aceito que tenho imensa dificuldade em aceitar a generalidade dos momentos infelizes mas cheios de razão de tanta gente. (compreenda-se que toda a gente está cheia de razão, o problema reside na diferença das razões.)

entretanto fica aqui um excerto de "What use?", poema do José Miguel Silva do livro Walkmen:

A poesia, que foi tudo, é quase nada,
se não cura, não faz pão, não tira nódoas
do tecido social. Em vez de versos,
ponho ao sol um vaso de ervas aromáticas

Sem comentários: